terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Copenhage x Hopenhague - A frustação




Ilustre Leitor/a,

Encerrou-se no último dia 18 de Dezembro a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. A conferência foi realizada em Copenhague e se transformou na maior reunião diplomática da história. Trazia consigo a esperança de mais de 6 bilhões de pessoas em ver o comprometimento dos chefes de estado num acordo mundial para diminuir a emissão de gases de efeito estufa (GEE) no planeta, e com isso minorar os efeitos do aquecimento global.

O encontro internacional que chegou a ser denominado como Hopenhague, em alusão a combinação da palavra Hope (esperança, em inglês) e Copenhague (cidade que sediou o evento), terminou com um sentimento coletivo de frustração. Este sentimento se justifica pelas expectativas que eram grandes, mas, também, em avanços significativos que não ocorreram devido a falta de compromisso dos países mais industrializados em diminuir a emissão dos GEE, e o adiamento das decisões para a COP 16.

Houve, contudo, alguns aspectos positivos. O primeiro é que a população mundial tomou consciência do problema. O segundo é que os Estados Unidos e a China, os dois maiores emissores de gases de efeito estufa (GEE), concordaram em participar do acordo pela primeira vez, com metas. É um avanço significativo, ainda que com reservas. Talvez, eles tenham percebido que não se trata apenas de uma preocupação ambiental movida por altruísmo, e sim uma questão geopolítica e estratégica.

Ficou claro, ainda, que o debate sobre as mudanças climáticas vai estar no centro da próxima campanha para presidente no nosso país. Os três pré-candidatos - José Serra, Dilma Rousseff e Marina Silva - estiveram na COP15. E a questão do aquecimento esteve, pelo menos durante a conferência, no centro da grande imprensa brasileira, com direito a manchetes nas primeiras páginas dos jornais e revistas.

O que a imprensa não noticiou foi a "caravana da alegria brasileira rumo a Copenhage" composta de 743 membros, com todos os custos bancados pelo dinheiro público. UMA VERGONHA! Só a título de comparação, a delegação americana foi duas vezes inferior a este número.

Copenhague nos deixou uma lição: a de que o aquecimento global não será resolvido apenas pelos governos. A tarefa é gigantesca. Caberá a todos nós: sociedade civil organizada e indivíduos precisamos contribuir e muito. Trata-se de uma questão de solidariedade para com as novas gerações. E também de uma importante questão econômica.

Aproveitem e comentem! Dê sua opinião sobre o tema.

Saudações Republicanas,
Fernando Azevedo

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