terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Energia limpa: Cabral despreza investimento de 700 milhões de reais da iniciativa privada em energia Eólica





Antes de passarmos a análise sobre a instalação de um parque de geração de energia eólica no interior do Rio de Janeiro, faremos breves considerações sobre este tipo de energia:

A energia eólica provém da radiação solar uma vez que os ventos são gerados pelo aquecimento não uniforme da superfície terrestre. Uma estimativa da energia total disponível dos ventos ao redor do planeta pode ser feita a partir da hipótese de que, aproximadamente, 2% da energia solar absorvida pela Terra é convertida em energia cinética dos ventos. Este percentual, embora pareça pequeno, representa centena de vezes a potência anual instalada nas centrais elétricas do mundo.

A energia eólica pode ser considerada como uma das formas em que se manifesta a energia proveniente do Sol, isto porque os ventos são causados pelo aquecimento diferenciado da atmosfera. Essa não uniformidade no aquecimento da atmosfera deve ser creditada, entre outros fatores, à orientação dos raios solares e aos movimentos da Terra.

As regiões tropicais, que recebem os raios solares quase que perpendicularmente, são mais aquecidas do que as regiões polares. Conseqüentemente, o ar quente que se encontra nas baixas altitudes das regiões tropicais tende a subir, sendo substituído por uma massa de ar mais frio que se desloca das regiões polares. O deslocamento de massas de ar determina a formação dos ventos. A figura mostrada a seguir apresenta esse mecanismo.

Burocracia atrasa a instalação de parque de geração de energia eólica em Arraial do Cabo

Bons ventos trazem para o Rio a primeira usina eólica do estado e a maior da América Latina. A responsável pela construção da Central Eólica Quintanilha Machado, a empresa SHF Énergies do Brasil aguarda, porém, a aprovação do projeto pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) para o início das obras em Arraial do Cabo.

O parque eólico Quintanilha Machado é o maior projeto de energia eólica da América Latina e ganhou projeção mundial com a escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, cuja base da delegação brasileira para infra-estrutura é a geração de energia renovável sem emissão de CO2. O projeto espera liberação há mais de um ano e a diretoria geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) não dá o OK.

Vale ressaltar que Cabral apesar de publicamente ter se mostrado favorável ao projeto, politicamente ele não tem se movimentado para resolver o problema. Fica claro, que o problema é político e não de ordem técnica, haja vista que ele poderia ter interferido para sanar o problema. Mas ele não tem compromisso com o desenvolvimento do Estado, e já demonstrou este comportamento em outras ocasiões.

Será que este investimento terá o mesmo desfecho do caso da empresa aérea Azul, que tinha intenção de investir num parque de operações no Rio de Janeiro, e diante de tamanha burocracia e desinteresse do governo estadual direcionou seus investimentos para Campinas?

Vamos continuar alertas sobre a questão! Acorda Cabral!

Dê sua opinião, colabore para o enriquecimento dos debates.

Saudações republicanas,
Fernando Azevedo

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